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sábado, 19 de maio de 2012


«Quando for grande, não quero ser médico, engenheiro ou professor.
 Não quero trabalhar de manhã à noite, seja no que for.
 Quero brincar de manhã à noite, seja no que for.
 Quando for grande, quero ser um brincador.
 Ficam, portanto, a saber: não vou para a escola aprender a ser um médico, um engenheiro ou um professor.
 Tenho mais em que pensar e muito mais que fazer.
 Tenho tanto que brincar, como brinca um brincador, muito mais o que sonhar, como sonha um sonhador, e também que imaginar, como imagina um imaginador...
 A mãe diz que não pode ser, que não é profissão de gente crescida. E depois acrescenta, a suspirar: “é assim a vida”. Custa tanto a acreditar. Pessoas que são capazes, que um dia também foram raparigas e rapazes, mas já não podem brincar.
 A vida é assim? Não para mim. Quando for grande, quero ser brincador. Brincar e crescer, crescer e brincar, até a morte vir bater à minha porta. Depois também, sardanisca verde que continua a rabiar mesmo depois de morta. Na minha sepultura, vão escrever: “Aqui jaz um brincador. Era um homem simples e dedicado, muito dado, que se levantava cedo todas as manhãs para ir brincar com as palavras.»
 O Brincador,
 Texto de Álvaro Magalhães

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